Hepatologista orienta sobre excesso de álcool e cuidados com a ressaca no carnaval

Os bloquinhos e prévias de carnaval já tomam conta do calendário festivo que antecedem os dias do feriado do carnaval, neste ano em março. Nesta época, os brasileiros consomem ainda mais bebidas alcoólicas e devem tomar certos cuidados para evitar os excessos e a automedicação em caso de ressaca.

Os sintomas da ressaca aparecem quando as enzimas presentes no fígado que metabolizam o álcool, chamadas de ADH, não conseguem fazer todo o trabalho porque a bebida foi ingerida em excesso. Segundo o médico hepatologista Juvenal Gomes, o uso de medicação para diminuir ou evitar os sintomas da ressaca devem ser usados com cautela. “Tem gente que usa o medicamento e acha que pode beber sem limites como se estivesse inteiramente protegido da ressaca. Isso é um grande mito. Em muitos casos inclusive, pode acontecer o efeito inverso ao esperado pelo usuário”, afirma.

Segundo o médico, vários medicamentos de uso rotineiro podem produzir lesões hepáticas, pois o fígado é o principal responsável pelo metabolismo e excreção dessas substâncias. Os efeitos do uso de algumas medicações podem variar desde hepatites medicamentosas menos graves que se manifestam de forma assintomáticas apenas por alteração das transaminases (TGO/TGP) até hepatites graves que podem necessitar de transplante ou até mesmo ter evolução fatal e esses efeitos podem ser acentuados após a ingestão de álcool. Além disso, cerca de 20% das pessoas podem apresentar dor abdominal, azia e diarreia com o uso de alguns medicamentos.

De acordo com Juvenal Gomes, manter-se hidratado e bem alimentado são as principais dicas para qualquer bebedeira. “Um corpo de ressaca nada mais é do que um corpo intoxicado. Não importa se você bebe só uma variedade de álcool ou mistura diversos tipos. Toda bebida alcoólica em excesso faz mal porque o corpo fica intoxicado. Por isso, é recomendável a ingestão de alimentos antioxidantes”, recomenda.

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